
Enrolei-me na toalha. Enxuguei os pés e caminhei até o nosso antigo quarto. Comecei abrindo todas as gavetas de vez. Todas ocupadas com suas meias e cuecas de marca. Vesti um vestido que você odiava e comecei a limpeza. Empacotei todos os seus livros insuportáveis sobre direito civil, seus cds de músicas chatas e seus perfumes importados. Tirei todos os porta retratos que tinham sua foto, empacotei seus objetos de decoração, suas sandálias horríveis, tudo. Limpei o meu apartamento de suas coisas.Ele ficara vazio. Branco total, exceto pela cor dos móveis. Encostei-me na porta a qual mandara você ir embora. Chorei silenciosamente.
Mentira. Gritei. Gritei de dor, de rancor, de raiva. Eu era fraca. Queria ligar para você dizendo que te aceitava de volta, que te queria. Mas não dava mais. Eu precisava dar um basta. E aquele foi o meu limite.
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